Ednaldo Rodrigues foi destituído do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na quinta-feira (15) após uma decisão da Justiça. No mesmo dia, 19 das 27 federações de futebol do Brasil assinaram um manifesto, no qual pedem que uma nova eleição na entidade seja realizada.

O documento assinado pelos 19 presidentes apoia uma nova eleição na CBF, e assume o compromisso de lançar uma chapa à presidência, “comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos”.

Oito federações não assinaram o documento, são elas: São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso e Amapá.

Mesmo enrolado na justiça, Ednaldo mantinha o apoio das federações e até foi reeleito presidente em março deste ano.

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O vice-presidente da entidade Fernando Sarney foi nomeado novo interventor e será responsável por convocar e realizar novas eleições para o cargo o quanto antes. Até lá, ele permanecerá como presidente interino, até a posse da nova diretoria eleita.

Horas depois de ser afastado, Ednaldo entrou com um pedido de anulação no Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi feito na ação que julga a legitimidade do Ministério Público de celebrar acordo com entidades esportivas.

A defesa pede também que, caso o pedido não seja acolhido, que o estatuto da CBF, que afirma que o vice-presidente mais idoso deve assumir o poder, em situações iguais a essa, seja adotado. Assim, Hélio Menezes assumiria o posto.

Entenda o caso

Nas últimas semanas, o STF recebeu denúncias apresentadas por Fernando Sarney e pela deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) solicitando revisão do acordo e o afastamento de Ednaldo, sob a alegação de falsificação da assinatura do Coronel Nunes.

Um laudo pericial relacionado à petição diz que ele não tinha condições físicas nem cognitivas de assinar o acordo. A análise foi feita pela perita Jacqueline Tirotti, contratada pelo vereador do Rio de Janeiro Marcos Dias (Podemos).

O ministro Gilmar Mendes, relator do caso, negou os pedidos de afastamento imediato, mas considerou as suspeitas graves e encaminhou o processo de volta ao TJ-RJ, determinando a realização de uma apuração imediata dos fatos citados nas petições.

O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro chegou a convocar o Coronel Nunes para uma audiência na última sexta-feira (9). No entanto, ela foi cancelada na segunda-feira (12) pelo advogado do ex-presidente da CBF, alegando problemas de saúde do intimado. Diante disso, Zéfiro decidiu anular a audiência e decretar o afastamento de Rodrigues da presidência.

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