Índia e Paquistão concordaram com um cessar-fogo “completo e imediato”, segundo afirmou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste sábado (10).
"Após uma longa noite de negociações mediadas pelos Estados Unidos, tenho o prazer de anunciar que a Índia e o Paquistão concordaram com um CESSAR-FOGO COMPLETO E IMEDIATO. Parabéns a ambos os países por usarem o bom senso e grande inteligência," disse Trump, em uma postagem no Truth Social.
Na última semana, os dois países viveram uma escalada de tensão e protagonizaram os confrontos mais violentos em 20 anos entre as potências nucleares vizinhas.
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A tensão explodiu no dia 22 de abril, com um atentado na cidade de Pahalgam, na parte da Caxemira administrada pela Índia. Na ocasião, 26 pessoas morreram, sendo a maioria hindus.
A Caxemira é de maioria muçulmana e está dividida entre Índia e Paquistão desde a independência do Reino Unido, em 1947, e é cenário de um movimento de insurgência que pede a independência ou anexação ao Paquistão.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar grupos insurgentes e vincula o ataque do dia 22 de abril ao grupo jihadista Lashkar-e-Taiba (LeT), designado como terrorista pela ONU.
Na última quarta-feira, o Exército indiano anunciou que havia destruído, com bombardeios, nove "acampamentos terroristas" no Paquistão. Logo em seguida, os exércitos iniciaram um fogo cruzado ao longo da fronteira na Caxemira.
"O exército paquistanês efetuou disparos não provocados com armas pequenas e artilharia, aos quais o exército indiano respondeu de forma proporcional", afirmou um comunicado militar de Nova Déli, capital indiana.
"Vamos vingar até a última gota de sangue dos mártires", prometeu, por sua vez, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif.
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