De acordo com reportagem do portal Metrópolis, o Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), investigado por suspeita de descontos indevidos sobre aposentadorias, fez lobby no início do governo Lula para flexibilizar regras e ampliar a possibilidade de cobrança de mensalidade feita diretamente no contracheque pago pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
O Metrópoles publicou que obteve acesso a um ofício assinado pelo então presidente do Sindnapi, João Batista Inocentini, no dia 30 de janeiro de 2023. No material, ele faria reivindicações ao então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). Uma delas seria que o sindicato recebesse autorização para descontar mensalidades de beneficiários do programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). As reivindicações de Sindnapi não foram atendidas. Inocentini morreu em agosto de 2023.
O sindicato tem Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como dirigente. Ele assumiu a vice-presidência do Sindnapi em 2024.
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Segundo a entidade, os pedidos no primeiro mês do atual governo federal não têm relação com o aumento de descontos de mensalidade associativa, que chegaram ao auge nos dois primeiros anos da gestão petista.
Outra solicitação de Sindnapi pedia que filiações de aposentados, na época válidas por cinco anos, fossem renovadas automaticamente, “sem a necessidade de novas assinaturas” e com “prazo indeterminado”. O sindicato afirmou que a solicitação era uma pauta geral das associações de aposentados.
O Sindnapi também queria o fim do bloqueio de benefícios concedidos a partir de 2019. O sindicato afirmava que os aposentados tinham dificuldades em desbloquear as mensalidades associativas.
Segundo a entidade, “o sistema utilizado pelo INSS para que o aposentado pudesse desbloquear o desconto associativo em sua folha de pagamento vinha apresentando problemas que não eram solucionados pelo instituto”.
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